Olhar apenas para o custo da remuneração ou considerar perda de tempo um bom processo de contratação, são receitas perfeitas para frustrações.

“Se você pensa que é caro contratar um profissional para o trabalho, espere até contratar um amador.”

Red Adair – Bombeiro da American Oil)

A principal dificuldade na contratação de colaboradores para suas empresas ou escritórios é convencer os responsáveis do quanto é importante ter um procedimento bem definido para escolher o profissional que melhor se encaixa em suas reais necessidades.

Preocupados com os custos aparentes e com a falta de tempo, muitas vezes eles não percebem que uma contratação errada trará um custo muito maior e uma perda de tempo não mensurável.

A seguir vemos uma lista de erros comuns que acontecem na hora da contratação:

1. Contratar alguém para “ajudar”

Este é o principal erro cometido pela maioria das pessoas quando decidem contratar alguém. Ajudar é um ato voluntário que um indivíduo presta a alguém que precisa. Por ser voluntário, ele pode ou não querer realizá-lo. Ora, quando contratamos um profissional, nós não queremos alguém que nos ajude, mas sim que cumpra as tarefas definidas para a função e que estarão sob sua responsabilidade.

2. Contratar alguém sem analisar onde está o verdadeiro gargalo

Antes de iniciar o processo de contratação, muitos cometem o erro de não analisar onde está o problema no fluxo produtivo. Sem uma análise correta, podemos cair na armadilha de contratar um profissional que dividirá as tarefas de quem não está com excesso de trabalho e que, além de não resolver o problema do gargalo, ainda será mais uma pessoa para ser gerenciada.

3. Não descrever as funções do profissional que será contratado

Ao anunciar a vaga em algum site, ou utilizar sua rede de contatos, o recrutador normalmente é genérico e não define com clareza quais os trabalhos que esse profissional irá realizar em sua rotina diária.

Quando ignoramos a definição das tarefas que ficarão sob responsabilidade deste novo funcionário, o mais normal é ele começar na empresa e ficar esperando alguém lhe passar algo para fazer ou realizar atividades que nada tem a ver com as necessidades que geraram sua contratação.

 4. Definir as funções e contratar um profissional que não tenha a capacidade de realizá-las

Ao receber os currículos, normalmente a atenção da pessoa que irá definir a contratação se volta apenas para: quem indicou; qual o valor de pretensão de remuneração; que faculdade esse profissional cursou e onde trabalhou. De nada adianta se o profissional não tiver skills e/ou experiência necessária para realizar as funções e atividades que foram essenciais na análise de motivação operacional da abertura da vaga.

5. Não observar se o profissional tem as características principais que a função exige

Além de definir as funções que o novo contratado deverá realizar, é fundamental definir também quais as características que ele deve ter. Se precisamos de alguém que irá tratar com o público, não podemos contratar uma pessoa que seja excessivamente tímida. Nem ela e nem o interlocutor se sentirão bem. Para coordenador de uma área não devemos contratar alguém que não demonstre ter a característica de liderança. Da mesma maneira, se precisamos de alguém que tenha uma fluência na escrita, não adianta ele ser somente eloquente.

Muitas dessas habilidades devem ser observadas na entrevista. Não se pode contratar alguém apenas pelo que diz o currículo. Cada função exige habilidades específicas. Não se atentar para isso trará frustrações tanto ao contratador, bem como ao contratado.

6. Se você acha que um bom profissional custa caro, é porque nunca calculou o custo de um profissional despreparado

Esta paráfrase serve para lembrar que é comum ficarmos assustados com o valor total pretendido por um profissional preparado e com a experiência necessária para a função definida, porém, não nos preocuparmos com o custo de ter que explicar diariamente tarefas simples para um funcionário sem experiência, além de ter que revisar todos os trabalhos realizados e corrigir eventuais erros que, com certeza, serão cometidos.

Não estamos falando do treinamento necessário para adaptação ou da integração de um novo profissional. Este custo faz parte de todo processo de contratação.

Um profissional adequado não só trará uma produtividade muito maior, mas também poderá absorver novas tarefas que liberarão os superiores para trabalhos de maior relevância para o negócio. Se tiver a possibilidade e espaço para treinar alguém desde o início, vale a pena trazer uma pessoa inexperiente, mas com potencial. Porém, não se esqueça de que ela sabe pouco e que isso também tem custo.

Em resumo

A contratação de um novo profissional deve ser planejada com cuidado. Considerar que o acaso possa nos dar a sorte de encontrar alguém que nos ajude a resolver nossos problemas, é tão amador quanto acreditar que um bom trabalho pode ser realizado sem planejamento e, caso ele seja rejeitado pelo cliente, culpar o azar.

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